O nosso nome

 A escrita do nome tem para qualquer um de nós uma enorme importância. Também na nossa sala esta descoberta tem sido preponderante na aprendizagem.

"Não há cartões com os nomes para eu escrever o meu nome. Este ano não há?" (A.C)

Em reunião, falámos sobre os cartões do nome e para que serviam:

"Serve para escrevermos o nosso nome nos trabalhos para saberem que é nosso." (A.V)

"Sabem, já sei escrever o meu nome sem cartão." (J.)



Ao identificar o seu nome e observá-lo escrito em diferentes locais e materiais, a criança vai iniciando o seu relacionamento com a escrita como representação de sua própria identidade. O nome próprio de uma criança é a sua marca de identificação e, por isso, muito importante para ela.

"Neste processo emergente de aprendizagem da escrita, as primeiras imitações que a criança faz do código escrito tornam-se progressivamente mais próximas do modelo (...). Aprender a escrever o seu nome tem um sentido afetivo para a criança, permitindo-lhes fazer comparações entre letras que se repetem noutras palavras e aperceber-se de que o seu nome se escreve sempre da mesma forma." (OCEPE, 2016, p.70).



A escrita do nome, a comparação das semelhanças e diferenças entre o seu nome e o das outras crianças, despertam a curiosidade pela escrita, pela forma e regras com que se escreve e pela sua funcionalidade. Estas concepções são construídas no pré escolar pelo contacto com situações em que a escrita é utilizada funcionalmente, ou seja, para organizar a rotina da sala, para identificar trabalhos, para registar tarefas ou para relatar acontecimentos.

                    



Estamos a construir o nosso projeto de escritor/leitor, ou seja, estamos a tomar consciência e a construir as nossas razões que nos fazem querer aprender a escrever e a ler.

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